Sem olhar a Meios
Sem olhar a Meios
Sem olhar a Meios
A frase massacra-me o cerebro como um martelo pneumático parte (...).
É uma coisa que sempre me fez repulsa, o não-olhar-a-meios para chegar a um fim.
É do mais baixinho que um ser humano pode descer.
O que me preocupa é que esta "filosofia" infiltrou-se de tal forma na esfera social que já mal damos por ela, a não ser que se manifeste na sua forma original, rude e burlesca.
Hoje em dia impera, sem-hipóteses, a cultura do imediato, do fastfood, do já, do p'ra-ontem, do agora-já-tá-paciencia, e tende-se a não ligar patavina-peva-niente, nadinha de nada, e mais grave ainda, a não dar valor, à verdadeira
essência das coisas.
O quê que interessa
realmente? Qual é a verdadeira
essência das coisas?
O que interessa
realmente num disco são as musicas em si, e não se vendeu muito ou pouco! O problema é que primeiro estuda-se o mercado e a aceitação do produto no mesmo e estabelece-se os numeros alvo, e faz-se o produto, perdão, disco, perdão, produto em função dos numeros! Ou seja, o "resultado final" não é uma consequência natural e merecida do
meio que levou ao
fim! Onde está a essencia e o espectáculo de um número?
O que interessa
realmente num jogo de futebol são unicamente os noventa minutinhos em que os jogadores dão, perdão, deviam, dar espectaculo, pois são pagos para isso! Mas há quem subverta completamente o espectaculo e arme toda uma estrategia que não passa perto sequer do espectaculo, e aí temos 6 milhões, perdão, 5 milhões, perdão, 12 milhões a aplaudir e a festejar! Festejar o quê? A soma dos pontos? Onde está a essencia e o espectáculo de um número?
Assistimos todos os dias ao triunfo glorioso disfarçado de avozinha de quem não olha a Meios, e ficamos cada vez mais pobres por não valorizarmos o MEIO que é onde está TUDO!